A Semana de Arte Moderna marcou a data (1922), sem dúvida, do rompimento definitivo com a arte tradicional. Cansados da mesmice na arte brasileira e empolgados com inovações que conheceram em suas viagens à Europa, os artistas quebraram as regras preestabelecidas na cultura.

A primeira fase (1922 a 1930) caracterizou-se pelas tentativas de solidificação do movimento renovador e pela divulgação de obras e idéias modernistas.

Imbuídos da convicção de que se faziam uma arte nova com um novo espírito, os primeiros modernistas ridicularizavam o parnasianismo, movimento artístico em voga na época que cultivava uma poesia formal. Propunham uma ruptura com princípios e técnicas, uma renovação radical na linguagem e nos formatos.

Dentre os muitos poetas que fizeram parte da primeira geração do Modernismo destacamos Oswald de Andrade, Mário de Andrade, Manuel Bandeira, Menotti del Picchia, Raul Bopp, Ronald de Carvalho e Guilherme de Almeida.

Na segunda fase do modernismo (1930 a 1945) a poesia brasileira não mais necessita quebrar com os meios acadêmicos - tônica da Geração de 22. No aspecto formal, o verso livre foi o melhor recurso para exprimir a sensibilidade do novo tempo.

Caracterizada como uma poesia de questionamento, levou adiante o projeto de liberdade de expressão com poetas como: Carlos Drummond de Andrade, com poesias sociais e de combate e reflexões sobre o papel do homem no mundo; Jorge de Lima, com poesias metafóricas e metafísicas; Murilo Mendes, com poesias surrealistas; , cuja poesia caminha cada vez mais para a percepção material da vida, do amor e da mulher, e Cecília Meireles, que envereda pela direção da reflexão filosófica e existencial.