Nas artes em geral, em todo o mundo, no Barroco houve um culto exagerado da forma. Na poesia brasileira isso se viu numa sintaxe rebuscada e no abuso de figuras de linguagem, o que foi questionado pelos poetas do Arcadismo.

Mas houve especificidades no Barroco brasileiro que o distinguiu do português, literatura à qual a nossa mantinha-se atrelada como um carro-reboque. Iniciou-se na poesia uma tendência nativista e uma lírica amorosa na qual a mulher aparecia enaltecida, sendo louvada por sua beleza e, ao mesmo tempo, exorcizada pelo perigo que representava.

Bento Teixeira, ao publicar o poema épico Prosopopéia, inaugurou o Barroco brasileiro, no qual também se destaca Gregório de Matos.