O Novo Cancioneiro surge a partir da publicação de poemas, nos anos de 1941/42 por um grupo de jovens poetas que, enquadrados no movimento do neo-Realismo, tentaram criar uma poesia de carácter social de oposição ao regime salazarista.

Em boa verdade não se pode referir ao Novo Cancioneiro como um verdadeiro movimento ou escola literária pois não foi antecedido de um qualquer manifesto, proclamação ou programa. Esse facto permitiu uma certa liberdade de estilo, na publicação dos 10 volumes que constituiu a colecção.

O Novo Cancioneiro falhou como grupo, e alguns dos seus poetas acabaram por se dispersar por outras formas de literatura, como por exemplo, Fernando Namora e Manuel da Fonseca para a prosa de ficção, Carlos de Oliveira para o romance, Mário Dionísio para o ensaio e crítica de arte.

No âmbito do Novo Cancioneiro foram publicados:

Em 1941:

  • Terra (Fernando Namora);
  • Poemas (Mário Dionísio);
  • Sol de Agosto (João José Cochofel);
  • Aviso à Navegação (Joaquim Namorado);
  • Os poemas de Álvaro Feijó (edição do autor)

Em 1942

  • Planície (Manuel da Fonseca);
  • Turismo (Carlos de Oliveira);
  • Passagem de Nível (Sidónio Muralha);
  • Ilha de Santo Nome (Francisco José Tenreiro);