São versos brancos, os que possuem métrica, mas não utilizam rimas. Desde o século XVIII temos como exemplo o poema "O Uruguay" de Basílio da Gama e no século seguinte os românticos também o empregaram como Álvares de Azevedo e Fagundes Varela. Vejamos um exemplo de Carlos Drummond de Andrade, primeira estrofe do poema "O Elefante":

Fabrico um elefante
de meus poucos recursos.

Um tanto de madeira
tirado a velhos móveis
talvez lhe dê apoio.

E o encho de algodão,
de paina, de doçura.

A cola vai fixar
suas orelhas pensas.

A tromba se enovela,
é a parte mais feliz
de sua arquitetura. (...)