Marcelo da Veiga, poeta de são tomé e princepe
Nome Completo: Marcelo Veiga da Mata
Género Literário: Poeta
Nascimento: 30 de dezembro de 1892, São Tomé e Príncipe

Estudou no liceu em Lisboa onde viveu, por períodos intermitentes.

Foi amigo de Almada-Negreiros, Mário Eloy, Mário Domingues, José Monteiro de Castro, Hernâni Cidade.

Passou despercebido até 1963, momento em que Alfredo Margarido o incluiu na antologia Poetas de S. Tomé e Príncipe, por ele organizada e publicada, na Casa dos Estudantes do Império.

Na sua poética, Marcelo Veiga dá, o sinal da negritude, não só em S. Tomé e Príncipe como em toda a área africana da língua portuguesa: «África não é terra de ninguém, / De qualquer que sabe de onde vem, [...] A África é nossa! / É nossa! é nossa!»,

Pela exibição da cor, usos e costumes como diferenciadores etnoculturais, pela memória vivencial Marcelo Veiga é, "o mais longínquo pioneiro da autêntica poesia africana de expressão portuguesa; podíamos mesmo adiantar da negritude” (Manuel Ferreira,)

No entanto, "os fundamentos irrecusáveis da literatura são-tomense começam a definir-se com precisão em 1942, com Ilha de Nome Santo, de Francisco José Tenreiro (1921 - 1963) frequentemente considerado o primeiro poeta da Negritude de língua portuguesa, (Inocência Mata 1995)

No entanto Ilha de Nome Santo é, "uma poesia eminentemente insular, não obstante os 3 poemas soltos" incluídos em Ilha de Nome Santo, a saber "Epopeia", "Exortação" e "Negro de todo o Mundo", possuir a estética em consonância com a dos poemas "revitalizadores de figuras, signos e símbolos emblemáticos do mundo negro-africano e vinculados aos modelos tutelares da consciência negra nos Estados Unidos, Cuba ou Haiti e redimensionados pelo movimento da Negritude".