Nome Completo: | Cecília Benevides de Carvalho Meireles |
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Género Literário: | Poetisa |
Profissão: | Porfessora, jornalista |
Nascimento: | 07 de novembro de 1901, Rio Comprido, Rio de Janeiro, Brasil |
Falecimento: | 09 de novembro de 1964, Rio de Janeiro, Brasil |
Cecília Meireles foi uma das mais habilidosas, apresentando cuidadosa seleção vocabular, numa linguagem que explora simbolismos complexos frequentemente simples na forma.
Poetisa, professora, pedagoga e jornalista, Cecília Meireles nasceu na cidade do Rio de Janeiro em 7 de novembro de 1901 e veio a falecer na mesma cidade em 1964. Casou-se duas vezes e deixou três filhas.
Entre 1925 e 1939, dedicou-se a sua carreira docente publicando vários livros infantis e fundando, em 1934, a Biblioteca Infantil do Rio de Janeiro. A partir desse ano, ensinou Literatura Brasileira em Portugal (Lisboa e Coimbra) e, em 1936, foi nomeada para a Universidade Federal do Rio de Janeiro, recém-fundada.
Cecília reaparece no cenário poético, após 14 anos de silêncio, com "Viagem" no ano de 1939, considerado um marco de maturidade e individualidade na sua obra: recebeu o prémio de poesia daquele ano da Academia Brasileira de Letras. Daí em diante, dedicou-se à carreira literária, publicando regularmente até a sua morte.
Uma poesia que contém imagens sugestivas, sobretudo as de forte apelo sensorial, reflexiva, de fundo filosófico.
Abordou, entre outros, temas como a transitoriedade da vida, a efemeridade do tempo, o amor, o infinito, a natureza, a criação artística. Além disso, a frequência com que os elementos como o vento, a água, o mar, o ar, o tempo, o espaço, a solidão e a música aparecem na sua poesia dá-lhe um caráter fluido e etéreo, que confirmam a inclinação neo-simbolista da sua poesia, confirmando a sua importante posição na literatura brasileira do século XX.
Escreveu também em prosa, dedicando-se a assuntos pedagógicos e folclóricos. Produziu também prosa lírica, com temas versando sobre sua infância, suas viagens e crônicas circunstanciais. Algumas de suas obras em prosa: "Giroflê, Giroflá" (1956), "Escolha seu Sonho" (1964) e "Inéditos" (crônicas, 1968).